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A CRISE? TEM CERTEZA OU É FALTA DE ESTRATÉGIA?

Caro leitor, na sua empresa muito se muda e pouco se realiza? Não se preocupe. Ela não é a única. A grande maioria dos projetos de mudança das empresas fracassa. Isso se deve a inúmeras variáveis. Vamos refletir apenas sobre a variável “estratégia”.

No início dos anos 90, as organizações passaram a incorporar a visão de processos nos negócios na busca pela qualidade, produtividade e eficiência gerencial. O conceito de reengenharia e todo o movimento internacional de normalização ISO e Qualidade Total influenciaram – e ainda continuam – fortemente as empresas. Alguns anos depois, a Tecnologia da Informação passou a incorporar o conceito de processos de negócio nos chamados Sistemas de Gestão Empresarial, por meio dos ERPs. Ao implementar os sistemas ERPs, muitas organizações foram convidadas a refletir sobre os fluxos de atividades que entregam valor ao cliente: a chamada cadeia de valor. Funções empresariais como suprimento, logística, venda e produção, até então entendidas como “feudos” do negócio, foram repensadas em fluxos lógicos e integrados.

O que temos visto é que a avaliação de desempenho de uma organização, analisada apenas por resultados financeiros, não é mais suficiente para garantir que suas estratégias, metas e objetivos sejam alcançados de forma sistêmica e global. Boa parte daquilo que se chamava planejamento financeiro era, na realidade, controle financeiro. E nos anos 90, passou a se chamar Gestão Estratégica. Nela, o pensamento estratégico é contemplado e há integração entre planejamento e controle. Os resultados da empresa passaram a ter uma conexão complexa entre as várias partes interessadas: clientes, sociedade, acionistas, colaboradores e fornecedores. Para a organização, o processo de identificação das necessidades é fundamental para definição de suas estratégias e planos. Estes, por sua vez, contribuirão para a criação de um sistema de indicadores de desempenho que permitirá traduzir a estratégia da empresa em objetivos e metas.

Neste contexto, surge o balanced scorecard (BSC). O modelo de gestão traduz a missão e a estratégia das empresas em um conjunto abrangente de medidas de desempenho que servem de base para um sistema de medição e gestão estratégica, sendo organizado em torno de quatro perspectivas distintas: financeiro, clientes, processos internos, aprendizado e crescimento. Este modelo procura refletir o equilíbrio entre objetivos de curto e longo prazo, medidas financeiras e não financeiras, indicadores de tendências e ocorrências e as perspectivas internas e externas de desempenho.

O estabelecimento da estratégia não é um processo gerencial isolado, é parte de um “todo”. Tem seu início com a definição da missão da empresa. Para se traduzir a missão em resultados almejados, percorre-se a trajetória que passa pelos: valores essenciais – aquilo em que a organização acredita; visão – o que se quer ser no futuro; definição e implementação do Sistema de Medição – o BSC; estabelecimento das iniciativas estratégicas – o que é preciso ser feito; e, chegando ao nível pessoal, a contribuição de cada um para o alcance dos objetivos estratégicos.

A ampliação da concorrência entre os mercados, proporcionada pela globalização, somada às mudanças sociais e culturais contemporâneas, tornou obsoletos vários sistemas tradicionais de controle de desempenho. Assim, insistir em um processo de melhoria contínua e no aperfeiçoamento das práticas empresariais é ponto fundamental para a diferenciação e conquista de qualidade e superioridade. Pense nisso e até a próxima!

Consultor Marcos Braun
Consultor, Professor de MBA, Coach e Conferencista Nacional

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